A Essência do Desenvolvedor: Recriando a Diversão na Era da Automação
Dentro da lógica do dia a dia, acabamos por automatizar tanto nosso trabalho que nos esquecemos de nos divertir com aquilo que, inicialmente, nos fez ir em direção a ele.
Veja meu caso como desenvolvedor de software: trabalho diariamente com alta tecnologia, mas, muitas vezes, esbarro em protocolos, ritos e aprovações que me impedem de desenvolver na velocidade que eu gostaria. Isso ocorre por segurança, por garantias e pelo receio que as empresas precisam ter para mitigar possíveis riscos nas entregas. Com esse processo e com toda essa insegurança, como posso continuar inovando, testando tecnologias e métodos novos?
A verdade é que, dentro das empresas, raramente podemos fazê-lo sem a certeza de que funcione. E como ter essa certeza? Em minha prática diária, tenho um laboratório pessoal no qual posso testar tudo, ver capacidades e entender limitações. Nesse laboratório, deixo o fluxo do pensamento fluir, testar e me divertir no processo.
Foi assim que surgiu o blog; foi assim que criei uma área para uso pessoal/profissional onde organizo meus textos, com um timer e um pomodoro quando preciso realizar alguma atividade muito precisa. Ali, posso ver minha pipeline integrada ao meu repositório de código e verificar como está meu RSS ou meus bancos de dados — todos na nuvem, funcionando a um custo muito menor do que se tivesse de contratar um serviço.
Criar isso foi divertido, pois eu estava tentando solucionar problemas pessoais. Como todas as aprovações são feitas por mim, isso possibilita os testes sem amarrações, e codificar voltou a ser divertido. Ler livros de programação deixou de ser penoso, pois minhas associações vão além do trabalho; vêm para minha diversão também. Meu único limitador tornou-se o tempo (e a virtual machine, que no momento é a mais barata).
Outro ponto interessante: já estou pensando em como migrar minha estrutura para outros serviços, e isso já me deu ideias de como fazer os serviços interligados e de fácil mudança
Então divirta-se é um respiro para fazer algo só porque gosta, sem ter a obrigação de dar certo, ou vender milhões.
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